Friday, October 20, 2006

Macaco de Imitação

Entro de imediato no jogo porque sinto prazer. Encho a cara de vergonha. Cruzo-me perante o desespero e tento escapar, mas os monstros altivos no trono jogam-me nele e pedem que os imite. A face altera-se aos poucos, com o passar dos segundos. Chove. Está escuro. Luto por me tornar democrata, tento acalmar-me. Desisto. Descanço de ser forte. Desligo a corrupção que me esventra, lentamente. Devagar sincronizada, em excesso. Repouso o maxilar que se movimenta perdido. Cerro os dentes e finco o pé. Resistência inútil. Desligo a pose. System error!! Malfunction!!
Desisto do mundo, talvez? Mas a batalha ainda agora começa e promete ser demolidora. Talvez me magoe doçemente pela noite dentro. The show must go one e as limitações sou eu que as escolho. Respira que te afogas e não percas a memória que te recusas a lembrar, a alegria e a responsabilidade da promessa.

Friday, September 08, 2006

Surrialista!!

Partes das escutas telefónicas onde é interveniente Luís Filipe Vieira. Os seus interlocutores são Valentim Loureiro e Pinto de Sousa:
LFV - Eu não quero entrar mais em esquemas nem falar muito...
VL - Eu penso que ou o Lucílio... o António Costa, esse Costa não lhe dá... não lhe dá nenhuma garantia?
LFV - A mim?! F.., o António Costa? F... Isso é tudo Porto!
VL - Exacto, pronto! (...) E o Lucílio?
LFV - Não, não me dá garantia nenhuma o Lucílio!
VL - E o Duarte?
LFV - Nada, zero! Ninguém me dá!... Ouça lá, eu, neste momento, é tudo para nos roubar! Ó pá, mas é evidente! Mas isso é demasiado evidente, carago! Ó major, eu não quero nem me tenho chateado com isto, porque eu estou a fazer isto por outro lado.
VL - Talvez o Lucílio, pá!
LFV - Não, não quero Lucílio nenhum!
VL - E o Proença?
LFV - O Proença também não quero! Ouça, é tudo para nos f...!
VL - E o João Ferreira?
LFV - O João... Pode vir o João. Agora o que eu queria... (...) Disseram que era o Paulo Paraty o árbitro... O Paulo Paraty! Agora, dizem-me a mim, que não tenho preferência de ninguém (...) à última hora, vêm-me dizer que já não pode ser o Paulo Paraty, por causa do Belenenses.

Pinto de Sousa - A única coisa que eu tinha dito ao João Rodrigues é o seguinte... É pá, há quinze [dias] ou três semanas, ele perguntou-me: "Quem é que você está a pensar para a Taça?"... Eu disse: "Estou a pensar no Paraty"
VL - Bem, o gajo está f... O Paraty então não consegues, não é?
PS - O Paraty não pode ser. (...) Até para os árbitros restantes, diziam assim: "É pá, que diabo, este gajo tem tantos internacionais e não tem mais nenhum livre, pá?!"
VL - Eu nem dá para falar muito ao telefone, que ele começa para lá a desancar. (...) Mas qual é o gajo que o Porto não quer?! O Porto quere-os todos, pá! Qualquer um lhe serve!
PS - É... Por acaso é verdade...
VL - O Porto quer lá saber disso!
PS - Se é o Lucílio... Se fosse o Lucílio, era o Lucílio, se fosse o António Costa, era o António Costa...
VL - Ao Porto qualquer um serve!

Friday, July 21, 2006

Wonder Some Times

”Numa tarde fresca como esta, o que me sabe bem é alongar-me,
desprender-me numa banalidade qualquer”. Ouvir Bowie e apaixonar-me por ti!
Uma caixa estanque que abro e de dentro salta a turbulência de uma máquina que detém em si, todas as alegrias inocentes a que me permito. Sinto como se as devorasse de uma só vez.
Rasuro o peito e a ilusão é tão real. De que poema dionísico estou eu embrenhado e me enlouqueço por! Capacitado de execução. As veias vibrantes de um pescoço desnudado e arrebatador.
"Don´t You Wonder Some Times! Blue, blue that´s ..."
Movimento , momento.
Esqueçer repentinamente as promessas aos outros e partir à descoberta do teu mundo! Que prazer!

Sunday, April 09, 2006



Somos Campeões! Agora ninguém nos para!
Valeu a pena ter acordado ontem para o blog!
Até logo!!!

Saturday, April 08, 2006

AZUL


VÁ VÁ, já chega de absentismo, e de verde que o meu Porto joga hoje na mouraria, e o ceú hoje está de azul!!

Wednesday, December 28, 2005

Verdes são os campos...

Pré

A ideia que me abrange
plena de robustez.
Uma tela colorida.

Um som máquina que sistematiza
O poder de imaginar.
Impossibilidade?

A mão cinza que me
obscurece a nuca.Ponto de partida.

Thursday, December 08, 2005

Mural


A realidade não deixa de ser um segundo que avança a seguir ao outro. Não se esqueçam que o segundo seguinte espera sempre pelo segundo que lhe antecede.